Fazia muito tempo que não utilizava o metrô, mas por conta de alguns assuntos a resolver no centro de S.P, dicidi ir de transporte público. Fiquei impressionada com a quantidade de pessoas pedindo esmolas na rua, inclusive no vagão do metrô.
Na fila para comprar bilhete do metrô, fui abordada por 2 rapazes na fila para comprar o bilhete e outro garoto na boca do caixa, e, dentro do vagão do metrô mais 4 pessoas pedindo dinheiro. Anguns gritando, outros emplorando, todos no metrô ficaram com caras do tipo: hoje todo mundo saiu na rua pra pedir dinheiro.
Mas fica um pergunta no ar? Quantas dessas pessoas realmente são necessitados e precisam de fato de ajuda? Quantas dessas pessoas, usam dessa forma de pedir dinheiro como profissão? Observando essa situção, fica a sensação de não querer ajudar ninguém, por conta de tantos assédios advindos ao longo do dia, de tantas pessoas.
Gosto muito de ajudar o próximo, sempre fiz trabalhos voluntários, em creches ou até com moradores de rua. Sempre fico me perguntado qual foi o motivo que fez esta pessoa chegar neste estado? Sei que muitos não tem opção, por “n” fatores, mas será que todos são por falta de opção, ou, é acomodação? Me sinto muito triste por ver tantas pessoas em condições precárias.
Já tive contato com algumas pessoas necessitadas, muitas vezes ajudando, e o que mais me chama atenção é o olhar perdido, você percebe que essas pessoas não têm perspectiva de futuro. Meu sentimento é de pesar, pois, nossa sociedade dá mais valor a um global, esquecendo-se do próximo.
Esse é um breve relato de alguém que desejaria fazer muito mais pelo próximo, faço e não divulgo, porque entendo, caridade feita e postada é EGO. Sempre irei ajudar e cuidar de pessoas de rua, sinto um carinho muito grande por eles, e uma vontade enorme de ter mais condições para, a cada dia, poder fazer ainda mais.
Rita Santos
Especialista em transformar vidas.